Tuesday, July 17, 2007

#2

Desceu-me agora do teto do mundo
um senso novo (mínima abertura,
quadro do segundo
em que eu tenso nasci) e ainda dura
a nuvem ocular de estar nascendo,
a nua ocultação das coisas nossas:
eu morto vivendo
escondido entre teus alvos de troça


Catalogando repentes, contados
os dentes e o fado
entre os dedos dormentes
e o braço cansado


Diz-me adeus (dou a Deus teu recado)